Berta Cabral diz que acessibilidade universal é vital para qualificação do turismo dos Açores

A Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas afirmou na quarta-feira, em Angra do Heroísmo, que o Governo dos Açores “continua a atribuir uma enorme importância ao turismo acessível e ao direito” de todos usufruírem dos “recursos e atrações” da Região “de forma plena, sem constrangimentos e à medida de cada pessoa”.

Berta Cabral falava no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, na sessão de abertura das Jornadas de Reflexão Sobre o Turismo Acessível, integradas na celebração do Dia Mundial do Turismo, e que teve na ilha Terceira a sua primeira edição – esta é uma iniciativa que será realizada em a todas as ilhas dos Açores.

“O turismo é hoje um verdadeiro motor da economia dos Açores e a principal atividade económica a criar riqueza, empregos e oportunidades para o futuro das nossas ilhas. Estamos sucessivamente a superar, de forma segura e sustentada, os melhores registos de desempenho do setor”, disse.

Afirmando que os Açores estão a crescer não apenas em quantidade, mas também a um ritmo de desenvolvimento qualitativo sem precedentes, elevando o valor do destino e da imagem junto do mercado nacional e do internacional, Berta Cabral recordou que, em 2023, a Região bateu todos os recordes, com as dormidas a cresceram 15% e os proveitos totais na hotelaria a aumentaram cerca de 24% face a 2022.

“Só nos primeiros sete meses deste ano, já crescemos 10% nas dormidas e mais de 16,5% nos proveitos, superando já os 100 milhões de euros. O melhor de tudo é que todas as ilhas estão a crescer, quer nas dormidas, quer nos proveitos. Algumas muito acima da média, como é o caso da Terceira que, até julho deste ano, apresenta 14,5% de crescimento nas dormidas e 21% nos proveitos relativamente a 2023”, adiantou.

Segundo a Secretária Regional, o turismo nos Açores é um verdadeiro caso de sucesso e um exemplo a considerar e o crescimento verificado “deveu-se também ao trabalho e ao empenho das empresas e dos grupos empresariais regionais, que se mantêm como a grande âncora do mercado” regional.

“O valor gerado fica retido na nossa economia, melhorando-a, criando empregos e contribuindo, através dos impostos, para toda a estrutura social que sustenta a nossa vivência e subsistência. Temos também grandes marcas nacionais e internacionais, o que nos permite incrementar a notoriedade e a credibilidade externa do destino, mas a dimensão do empresariado regional é amplamente superior e dominante e isso deve ser motivo de satisfação e orgulho para todos nós”, realçou.

Os Açores são o primeiro arquipélago do mundo certificado como “Destino Sustentável” e estão a um pequeno passo de atingir o Nível de Ouro, para além de terem conquistado inúmeros prémios e reconhecimentos nacionais e internacionais, muitos com critérios de enorme exigência, mas que “validam esta caminhada e todo o trabalho de desenvolvimento turístico sustentável”.

A governante disse ainda que “o desenvolvimento da acessibilidade universal e plena no turismo é um dos grandes desafios que entre mãos”.

“Estamos seriamente empenhados. Queremos criar condições cada vez melhores e mais consolidadas para podermos receber todos de braços abertos, independentemente da sua condição individual, e fazer de cada visita uma experiência única e memorável, mas também queremos corresponder às necessidades individuais dos nossos residentes”, vincou.

Referindo-se às Jornadas de Reflexão sobre Turismo Acessível e às muitas iniciativas que têm vindo a ser promovidas de forma sistemática, referiu que as mesmas surgem com vista “à qualificação dos profissionais, das empresas e do produto”.

E prosseguiu: “este é um objetivo que todos temos de ter bem presente para potenciar a melhoria qualitativa do nosso destino, que, em alguns meios já são identificados como um destino de luxo e como referência de sustentabilidade e natureza”.

No final da sua intervenção, reafirmou o sério empenho do Governo dos Açores na mitigação da sazonalidade: “elegemos esse como o grande desafio a superar para equilibrar a produção e produtividade do setor, para garantir estabilidade à atividade e previsibilidade aos rendimentos das empresas e dos profissionais do turismo nos Açores”.

© Governo dos Açores | Fotos: SRTMI

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