Esta pequena rota linear desenvolve-se ao longo da costa norte da ilha, entre as freguesias das Agualva e Quatro Ribeiras, integrada maioritariamente em área protegida do Parque Natural da Terceira, classificada como área protegida para a gestão de habitats ou espécies. O percurso tem início na canada da Alagoa, junto ao parque de estacionamento, e desce em direção ao geossítio da Alagoa da Fajãzinha, também conhecida como Fajã da Alagoa, que corresponde a uma antiga baía preenchida por sedimentos transportados pelo curso de água que ali desagua (Grota da Alagoa) e está demarcada litoralmente por uma praia de calhaus rolados. Para oeste deste geossítio e, ao longo do trilho, é possível avistar diversas baías com altitudes máximas de cerca de 70 metros, arribas com disjunção colunar ou prismática e arribas fósseis de natureza traquítica, que compreendem materiais associados à atividade eruptiva da ilha nos últimos 23 mil anos. Na vegetação das falésias, destaca-se a presença de variadas espécies endémicas, como a Spergularia azorica, a urze (Erica azorica), labaça-das-ilhas (Rumex azoricus) e a emblemática vidália (Azorina vidalii). Relativamente à avifauna, é possível observar cagarros (Calonectris borealis), garajaus-comuns (Sterna hirundo) e, ocasionalmente, garças reais (Ardea cinerea), pilritos-das-praias (Calidris alba) e borrelhos-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus). Por se desenvolver maioritariamente em área protegida, que abrange uma Zona Especial de Conservação (ZEC) no âmbito da Rede Natura 2000, uma Área Importante para as Aves e Biodiversidade (IBA) e um geossítio do Açores Geoparque Mundial da UNESCO, é responsabilidade comum assegurar a salvaguarda deste património natural, tendo o máximo de cuidado e respeito ao longo da caminhada.