Este é um geossítio prioritário do Geoparque Açores, com relevância regional e interesse científico, educacional e geoturístico, onde é possível realizar passeios a pé, de bicicleta ou de carro, desfrutando de bonitas panorâmicas sobre a ilha de São Jorge e as restantes ilhas do Grupo Central, absorvendo o verdadeiro sentimento de se “ser ilhéu”.
São Jorge constitui-se como uma extensa cordilheira vulcânica com cerca de 56 km de comprimento. A ilha formou-se através de sucessivos episódios de vulcanismo fissural basáltico que se prolonga por um sistema de fraturas de orientação geral Oeste-Noroeste – Este Sudeste, dando-lhe a forma alongada e estreita.
A Cordilheira Vulcânica Central inclui diversos alinhamentos vulcano-tectónicos com numerosos centros eruptivos, na sua maioria definidos por cones de escórias (de onde foram emitidas escoadas lávicas que se movimentaram para Norte e para Sul), de spatter (cones de salpicos de lava), e de fissuras eruptivas.
Alguns destes cones apresentam pequenas lagoas efémeras na sua cratera, enquanto outros exibem algares vulcânicos, como é o caso do Algar do Morro Pelado ou Algar do Montoso, este último com 140 metros de profundidade (o mais profundo do arquipélago), e, dadas as suas dimensões e caraterísticas, estas cavidades vulcânicas devem ser exploradas apenas por espeleólogos experientes e na posse de material adequado.
De entre os cones que integram a Cordilheira Vulcânica Central destaca-se o Pico da Esperança, que constitui o ponto de maior altitude da ilha, com 1053 metros, formado há cerca de 5300 anos.