A Fajã do Ouvidor, em conjunto com a Fajã da Ribeira d’Areia e a Fajã das Pontas, são as únicas fajãs lávicas existentes no litoral Norte da ilha. Tiveram origem a partir de escoadas lávicas basálticas emitidas da Cordilheira Vulcânica Central, associadas a erupções vulcânicas ocorridas nos últimos 10 mil anos, que atingiram a linha de costa, espraiando-se na sua base.
De entre os cones que integram a Cordilheira Vulcânica Central da ilha de São Jorge destaca-se o cone vulcânico do Pico do Areeiro, que emitiu a escoada lávica responsável pela formação da Fajã do Ouvidor, há cerca de 2530 anos.
Esta fajã é uma das maiores fajãs lávicas da ilha, servida de um porto de mar, que apoia algumas embarcações de recreio e de pesca. É também local de banhos, com várias poças ou piscinas naturais, sendo a maior e mais conhecida a Poça de Simão Dias. Exibe, ainda, disjunções prismáticas nas suas arribas mergulhantes e algumas grutas litorais, sendo a maior das quais a Furna do Lobo, com mais de 50 m de comprimento.
Na Fajã da Ribeira d’ Areia é possível observar ao longo da frente litoral diversas formações lávicas, lavas encordoadas, grutas litorais (de erosão marinha) e diversos arcos lávicos bem preservados na sua zona marítima, como é o caso do conhecido Arco da Fajã da Ribeira d’Areia, muito apreciado por quem visita esse local.